Área de concentração: 55134 - Ciências de Computação e Matemática Computacional

Criação: 11/12/2017

Nº de créditos: 12

Carga horária:

Teórica
Por semana
Prática
Por semana
Estudos
Por semana
Duração Total
3 3 6 15 Semanas 180 Horas

Docentes responsáveis:

Alexandre Cláudio Botazzo Delbem
Elisa Yumi Nakagawa


Objetivos:

Estudar e desenvolver sistemas computacionais, modelos matemáticos e métodos computacionais de modelagem automática (tanto a nível de hardware quanto de software) para geração de soluções inovadoras na área de Saúde, em especial na rede de atenção às urgências. Investigar como pesquisas recentes na área de Computação, tais como Data Science, Processing Mining, Internet of Things, Edge Computing, Hybrid CPU-FPGA processors, Systems-of-Systems, Dynamic Software Architecture, entre outros, podem beneficiar a interação entre os diversos profissionais de Saúde de forma a melhorar a qualidade de vida e saúde da população.


Justificativa:

A área de Saúde tem-se tornado um importante domínio de aplicação de várias áreas do conhecimento integrando as relações de dados (demográficos, epidemiológicos e clínicos) dos pacientes, infraestrutura física e equipamentos das unidades de saúde, indicações e realizações de procedimentos médicos, processos de trabalho, diagnósticos síndrômicos e etiológicos, indicações e resultados de exames complementares (bioquímicos e de imagem), indicações de uso de medicamentos, indicações de cirurgias, transferências entre setores de internação hospitalar (pronto socorro, enfermarias, unidade de terapia intensiva etc) e gestão do atendimento pré e intra hospitalar por meio de uma rede com diversos elementos que se relacionam de forma bastante complexa. Essa rede possui uma estrutura dinâmica que impacta diretamente na qualidade dos serviços e na saúde da população. A identificação das principais características da rede, de seus possíveis gargalos, de subaproveitamento de recursos necessários ou hiperutilização de recursos mal indicados por meio de análise estática ou dinâmica são tarefas de investigação que requerem suporte de especialistas de áreas como redes complexas, ciência de dados, sistemas dinâmicos e inteligência computacional, além do conhecimento sobre a própria rede em termos da sua estrutura e funcionamento, e dos diversos dados dos pacientes. Esse conhecimento está distribuído em diversas áreas e centralizado em seus profissionais (agentes comunitários, técnicos de enfermagem, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fornecedores de insumos de saúde e técnicos de equipamentos, gestores de unidades de saúde, secretários de saúde, etc), que atuam em cada setor da rede. Assim, o conhecimento da própria rede de saúde de forma integrada requer um trabalho interprofissional que deve ser realizado com metodologia adequada, buscando obter uma modelagem completa e confiável da rede. Esta complexidade inerente à área da Saúde tem trazido também grandes desafios para a área de Computação em função da necessidade de automatização das informações e dos indicadores (de infraestrutura, processos e resultados) para avaliação da qualidade do atendimento por meio de sistemas de software grandes, complexos e interoperáveis entre si, caracterizando os chamados sistemas-de-sistemas.

Portanto, os estudantes que estarão cursando essa disciplina terão uma excelente oportunidade de entender tais desafios por meio de um cenário real (que será viabilizado por meio de visitas à unidades de saúde de diferentes complexidades), e tendo também docentes da área de Computação e de Saúde como responsáveis. A metodologia utilizada nesta disciplina é a aprendizagem baseada em projetos, na qual os estudantes terão a oportunidade de desenvolver projetos inéditos, considerando a diversidade de questões em aberto encontradas na área de Saúde.


Conteúdo:

A. Área de Saúde
1. Políticas públicas de saúde no Brasil:
● O processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil
● Integralidade do cuidado e as Redes de Atenção à Saúde
● A organização da Rede de Urgência e Emergência (RUE)
2. Educação permanente em saúde:
● Andragogia, recrutamento e seleção de pessoas
● Educação permanente, educação ao longo da vida
● Segurança do paciente
● Processo de trabalho em saúde
● Metodologias ativas de ensino aprendizagem na formação e capacitação dos profissionais
● Simulação clínica: método de ensino aprendizagem
● Simulação in situ
B. Área de Exatas
1. Metodologias de aquisição e estruturação de conhecimento
2. Mineração de processos
3. Projeto de redes de larga-escala
4. Visualização científica
5. Projeto de sensores, Internet das coisas, fusão de sensores
6. Otimização e tomada de decisão multi-critério
C. Rede de atenção à urgência:
1. Arquitetura de sistemas-de-sistemas para a rede de atenção à urgência
2. Sistemas de apoio à decisão
3. Sistemas de predição
4. Ferramentas visuais para análise e seleção de atributos
D. Gestão e governança de projetos
A disciplina foi estruturada no método de aprendizagem baseada em projetos, no qual os estudantes realizarão visitas técnicas para conhecer recursos físicos, materiais e força de trabalho na Central de Regulação de Urgência, Serviço de Atendimento Móvel (ambulâncias de suporte básico e avançado), Unidades de Pronto Atendimento, e Hospitais de nível secundário e terciário. Os estudantes serão organizados em equipes interprofissionais (das áreas de saúde e computação) para o desenvolvimento dos projetos, motivados pelas visitas. O estudo aprofundado de métodos computacionais e estatísticos ocorrerá por demanda do problema com orientação do responsável da disciplinas e de colaboradores.


Forma de avaliação:

A avaliação será realizada de forma co-participativa. Será feita em um processo contínuo, contemplando as seguintes formas:
a) Diagnóstica: com a finalidade de


Observação:

Nenhuma.


Bibliografia:

Fundamentais:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 2048, de 5 de novembro de 2002. Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 novembro 2002.
2. Eduardo Massad, Heimar de Fátima Marin, Raymundo Soares de Azevedo Neto (Editores). O prontuário Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e Conhecimento Médico. Organização Pan Americana da Saúde, 2003.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 1.863/GM de 29 de setembro de 2003. Política Nacional de Atenção às Urgências. Diário Oficial da União, N. 193, de 6 outubro 2003. Brasília, 2003.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Regulação médica das urgências / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.
5. Decreto Federal nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 junho 2011.
6. Comissão Intergestores Tripartite. Implementação das redes de atenção às urgências/emergências – RUE. Nota Técnica da CIT, 19 maio 2011.
7. SANTOS, J. S. et al. Protocolos clínicos e de regulação: acesso à rede de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Complementares:
1. Jamshidi, M. ed., System of Systems Engineering: Innovations for the Twenty-first Century, Wiley & Sons, 2009.
2. Bass, L.; Clements, P.; Kazman, R.; Software Architecture in Practice. 3. ed., Addison-Wesley, 2012.
3. Faceli, Katti; Lorena, Ana Carolina; Gama, João ; de Carvalho, A. C. P. L. F.. Inteligência Artificial - Uma Abordagem de Aprendizado de Máquina. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
4. WITTEN,I. H.; FRANK, E. Data Mining: Practical Machine Learning Tools and Techniques, 2. ed. Morgan Kaufmann, 2005.

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