Tudo começou no dia 15 de março de 2011, quando o professor Leandro Aurichi ministrou o primeiro Seminário de Coisas Legais no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Era sexta-feira, 13h13, e ele mostrou uma lista de coisas legais: alguns problemas de diversas áreas da matemática que poderiam ser abordados por quem tivesse coragem de assumir o palco em futuras sextas-feiras, às 13h13.
Não faltaram corajosos estudantes de graduação, pós-graduação, jovens professores e experientes pesquisadores dispostos a falarem sobre coisas tão legais quanto o Teorema do Sanduíche de Presunto, os Problemas de (quase) um milhão de dólares, e ainda para explicar Como ganhar no Banco Imobiliário após infinitas jogadas, Como estar certo mesmo estando errado, e Como usar o infinito a seu favor.
Viver é preciso.
Por isso, “Como melhor viver?”
é interessante de se responder
Façamos algo disso
Ou melhor, tentemos fazer
E quando se começa a tentar,
que o mundo é incerto
é preciso lembrar
Quão incerto?
Disso temos que tratar
Mas, o que é que podemos disso tirar?
é onde queremos chegar
Vejamos como a matemática pode nos ajudar.
Essa não foi a única vez que o Seminário de Coisas Legais uniu a poesia à matemática. No dia 21 de outubro de 2016, o professor Marcos Nereu Arenales, do ICMC, discorreu sobre a realidade interior de cada um de nós, inspirando-se no poema “Não basta abrir a janela”, de Fernando Pessoa:
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Poeisa, arte, psicologia, neurociência, filosofia, aviação, economia, esporte, engenharia, computação: essas e tantas outras áreas já se combinaram com a matemática durante a primeira centena de episódios dos Seminários de Coisas Legais. Depois dessa incrível jornada, só resta uma certeza em relação ao futuro: a matemática sempre pode se tonar uma atividade divertida.
Tudo começa antes do começo – Para sermos exatos matematicamente falando, é preciso considerar que a história do Seminário de Coisas Legais começa antes deste ponto exato na linha do tempo: 15 de março de 2011. Em algum momento impreciso nessa linha infinita, cerca de quatro a cinco meses antes, a ideia começou a ser aventada pelos professores Eduardo Tengan, atualmente professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Leandro Aurichi, professor do ICMC que continua na coordenação do projeto.
É lá que, na próxima sexta-feira, 14 de abril, às 13h13, o professor Aurichi volta ao palco para mostrar uma nova lista de coisas legais. Será imperdível, tal como foram todas as demais 99 edições do Seminário de Coisas Legais.
Mais informações
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