Cursos são online e gratuitos, destinados às estudantes do ensino médio e professoras da rede básica de ensino.

Você já pensou em colocar seu conhecimento em prática e, de quebra, inspirar outras meninas a trilharem caminhos nas áreas de Exatas? Se você é aluna de graduação da USP, ingressante a partir de 2023, e tem familiaridade com programação usando Python e Scratch, esta é a sua chance de participar de uma atividade extensionista voltada à equidade de gênero.

Estão abertas, até esta quarta-feira, 30, as inscrições para atuar no apoio à monitoria dos cursos Meninas Programadoras e Professoras Programadoras, oferecidos online pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Durante quatro meses, de agosto a novembro de 2025, sempre aos sábados à tarde, você poderá fazer parte de uma equipe que acompanha, orienta e ensina programação para meninas do ensino médio e professoras da rede básica.

Para participar, basta submeter inscrição pelo sistema JúpiterWeb. Serão selecionadas estudantes que se identificam com o gênero feminino, estão na graduação e têm experiência com Python e ferramenta Scratch.

O projeto tem carga horária de 60 horas e oferece 10 vagas. No dia a dia, as extensionistas terão o papel de preparar e ministrar pelo menos uma aula do curso, auxiliar as estudantes ao longo da semana e se disponibilizar para tirar dúvidas e apoiar o processo de aprendizagem das participantes.

“No Brasil, estereótipos, barreiras culturais e desigualdade social dificultam o acesso de meninas e mulheres à área de computação, aumentando suas vulnerabilidades”, ressalta a professora Kamila Rios da Hora Rodrigues, do ICMC, que é a responsável pela atividade. “Nesse contexto, no projeto, as alunas poderão, além de apoiar as aulas, levar seus relatos e testemunhos, podendo incentivar outras meninas a ingressarem na área de exatas”, destaca a docente.

Os projetos – Os cursos são coordenados atualmente pela professora Bruna Carolina Rodrigues da Cunha, do ICMC, e foram idealizados pela professora Maria da Graça Campos Pimentel, professora sênior do ICMC, que também é a ministrante das atividades. As duas iniciativas já certificaram mais de 1,7 mil estudantes da educação básica e 103 educadoras, além de contarem com diversas premiações.

Atualmente, os dois cursos fazem parte das atividades de um projeto mais amplo, contemplado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sob a coordenação da professora Kamila, e se somam a mais 34 propostas de instituições de ensino e pesquisa de todo o país.

Nas aulas, as estudantes de ensino médio aprendem a desenvolver projetos web e mobile, com foco em diversidade e inclusão, enquanto as professoras exploram também ferramentas como o Ocstostudio, elaborando propostas que poderão aplicar em sala de aula.

 Texto: Layla Shasta, bolsista CNPQ do projeto Meninas Programadoras e Professoras Programadoras: Programa de Mulher 

Mais informações
Siga os canais do projeto no Instagram: @meninasprogramadorasusp e @professorasprogramadoras.usp
Acesse os sites dos projetos: https://meninasprogramadoras.icmc.usp.br e https://professorasprogramadoras.icmc.usp.br
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