Palestras e Seminários

25/03/2019

14:00

auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)

Palestrante: Adriane Feijó Evangelista

Responsável: Adenilso Simão

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O uso da computação no campo da biologia molecular tornou-se necessário a partir da década de 50, após a sequência de aminoácidos da proteína da insulina ter sido identificada por Frederick Sanger. Tal pesquisador ainda colaborou para o desenvolvimento do primeiro método de sequenciamento de DNA, conhecido como sequenciamento Sanger. Esse método foi utilizado no projeto genoma humano (PGH), iniciado na década de 90, o que permitiu um grande avanço de métodos de montagem de sequências, culminando com o rápido desenvolvimento da chamada Bioinformática. Uma vez finalizado o PGH em 2003, novas perspectivas surgiram dentro da biologia molecular, juntamente com a necessidade da compreensão do significado funcional e da variação natural existente entre os organismos.

Mesmo com grandes lacunas na área de genômica funcional, novos métodos de sequenciamento de DNA foram desenvolvidos ao ponto que atualmente é possivel sequenciar um genoma humano por U$1000,00 em poucos dias. A partir de então o sequenciamento em si não é mais um desafio, e sim o processamento computacional e a identificação de padrões nesses dados. Em paralelo, uma das áreas em que o re- sequenciamento do DNA mostrou-se particulamente útil foi a oncologia, na busca da identificação de mutações causadoras de diferentes tipos tumorais. Os passos para a criação de uma oncologia personalizada ainda estão em desenvolvimento à medida que novos consórcios como o The Cancer Genome Atlas (TCGA) e o International Cancer Genome Consortium (ICGC) têm fornecido informações sobre novos genes envolvidos diretamente no processo carcinogênico. Mais do que isso, esses novos consórcios mostraram a necessidade de reprodutibilidade entre diferentes centros e de que muitos algoritmos, apesar de lógicos em sua concepção, não fornecem as informações necessárias para os pesquisadores da área biológica. A principal mensagem é a necessidade de um diálogo maior entre os profissionais de uma ciência ampla e multidisciplinar.

 

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