Qual caminho seguir na encruzilhada entre Ciências de Computação, Engenharia de Computação e Sistemas de Informação?

Os alunos desses cursos conhecerão um pouquinho de todas as áreas da computação e terão uma sólida base matemática. Vão estudar programação, banco de dados, eletrônica, redes de computadores, inteligência artificial, entre tantas outras. A diferença é que, depois desse núcleo de disciplinas em comum, cada curso direciona o aluno para um caminho um pouco diferente.

No caminho das Ciências de Computação, a trilha é software – Caso escolha esse curso, você conhecerá a fundo os fundamentos e as teorias de computação, terá mais disciplinas voltadas para ensinar programação avançada, bancos de dados, internet, desenvolvimento de software.

A estrada da Engenharia de Computação é mais hardware - Aqui, estuda-se mais a fundo a parte de elétrica e eletrônica, de placas e circuitos. Há mais química e mais física que nos outros cursos.

A jornada pelos Sistemas de Informação - Além do desenvolvimento de software, o enfoque é a gerência de processos e de produtos, os processos de implantação e gestão de software. Porque o objetivo é que você seja um profissional capaz de projetar e desenvolver os sistemas que controlam os negócios de uma empresa.

Pense no seu smartphone... Se você gosta de instalar aplicativos no aparelho e adoraria desenvolver seus próprios aplicativos, há indícios de que Ciências de Computação é o seu caminho. Mas se a sua vontade é de desmontar o aparelho, entender e pesquisar o que tem lá dentro, então, considere Engenharia de Computação. Agora, se você gosta de lidar com pessoas, de gerenciar grupos de conversa e processos, Sistemas de Informação pode ser uma boa opção.

 

Eu quero desenvolver jogos, qual curso devo escolher?

Se você optar por qualquer um dos três cursos oferecidos pelo ICMC na área de computação (Ciências de Computação, Engenharia de Computação ou Sistemas de Informação) terá acesso ao conhecimento que dá base para o desenvolvimento de games. Mas o curso de Ciências de Computação costuma ser o mais recomendado nesse caso, já que você terá disciplinas de programação avançada, então, poderá lidar melhor com os desafis que envolvem esse campo profissional.

Na USP em São Carlos, o grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG) é aberto à participação de alunos de todos os três cursos de graduação. Fique de olho.

 

Eu quero construir um robô, qual curso devo escolher?

Se você deseja trabalhar pesquisando e desenvolvendo tecnologias associadas à robótica, formar-se em um dos três cursos oferecidos pelo ICMC na área de computação também irá abrir as portas. No entanto, o caminho mais indicado é o da Engenharia de Computação, pois propiciará conhecer detalhadamente aspectos técnicos relacionados ao funcionamento dessas máquinas. 

O grupo de robótica da USP em São Carlos, o Warthog Robotics, também é aberto à participação de alunos de todos os cursos de graduação.

 

Eu quero ter meu próprio negócio, qual curso devo escolher?

Se você está interessado em abrir uma empresa no futuro, tal como as famosas empresas nascentes da área de tecnologia (startups), poderá escolher qualquer um dos três cursos oferecidos pelo ICMC na área de computação.
Mas Sistemas de Informação costuma ser a recomendação, já que o aluno terá mais disciplinas relacionadas a empreendedorismo e administração.

No ICMC, os alunos desses três cursos podem ter a experiência de gerenciar uma empresa ao participar da ICMC Júnior.

 

Não sei se faço bacharelado ou licenciatura em Matemática. Alguma dica pra me ajudar?

Se você escolher o curso de Matemática, não se esqueça de que é só a partir do segundo semestre que deverá optar por bacharelado ou licenciatura. Quando chegar este momento, você já terá mais subsídios para tomar sua decisão.

Basicamente, a licenciatura objetiva, especificamente, formar professores, possibilitando aos estudantes obter uma visão ampla do conhecimento matemático e pedagógico. Nesse sentido, se optar por esse caminho, você pode se especializar em educação, educação matemática ou gestão escolar. 

Já quem escolhe o bacharelado, poderá seguir carreira acadêmica e prosseguir os estudos com a pós-graduação (mestrado e doutorado), tornando-se um pesquisador-professor universitário, binômio inseparável. Outra possibilidade é se dirigir ao mercado de trabalho, onde poderá trabalhar em bancos, empresas de gestão, de logística e até de marketing, por exemplo.

 

Qual caminho seguir na encruzilhada entre o curso de Matemática e o de Matemática Aplicada e Computação Científica?

Se você se encanta com as soluções da matemática para problemas concretos da humanidade e gosta de computação, a melhor escolha é o curso de Matemática Aplicada e Computação Científica. Agora, se você se encanta com as equações e a teoria pura da matemática, o bacharelado em Matemática é mais adequado ao seu perfil.

 

O que faz quem se forma em matemática aplicada?

Eles têm um pouco de computação, de matemática e de estatística percorrendo suas veias: uma combinação especial que os diferencia no mercado de trabalho. “A gente aprende no curso a unir conhecimentos de diferentes áreas e nos tornamos multidisciplinares. É isso que o mercado procura e precisa”, ressalta Leandro Mattiolli, ex-aluno do curso de Matemática Aplicada e Computação Científica, que é assessor de unidade estratégica do Banco do Brasil.

Quem também compartilha dessa opinião é o analista de risco de mercado do Banco PAN, Alan de Sousa: “O mercado tem muita carência de ferramentas de matemática e de computação capazes de resolver seus problemas.” Sousa diz que um dos diferenciais do curso de matemática aplicada é formar alunos com poder de abstração. “Nunca tive dificuldade para arrumar emprego e já mudei cinco vezes de trabalho, sempre em busca de melhores oportunidades”, conta o ex-aluno, que já atuou no Banco Votorantim, no Itaú Unibanco e na Serasa Experian. Já para Rafael Lima de Melo, que é analista de riscos na Unicred do Brasil, o curso vale muito a pena exatamente por fornecer uma forte base em computação e matemática: “A computação já era minha paixão. Mas a matemática me abriu muito a mente, até para eu entender melhor o mundo”.

 

Eu quero ser professor, mas qual a diferença entre escolher a licenciatura em Ciências Exatas e a licenciatura em Matemática?

Você já entendeu que, para ser professor, a palavra-chave é licenciatura. Muito bem! Se você optar pelo curso de Matemática e seguir o caminho da licenciatura a partir do segundo semestre, será um professor de matemática do ensino fundamental e médio e terá aprendido muita matemática ao longo da sua trajetória na universidade.

Por outro lado, na licenciatura em Ciências Exatas, você não se tornará, necessariamente, um professor de matemática, pois terá mais duas opções à disposição: ser professor de química ou de física. A escolha entre essas três habilitações (Matemática, Química ou Física) só será realizada quando você estiver no quarto ano. Ou seja, até lá, você terá um gostinho dessas três áreas. Além disso, se quiser se formar em mais de uma habilitação, basta reingressar no curso e após um ano, você sairá com a outra habilitação. Ao escolher esse caminho, você estará apto a dar aulas de ciências para o ensino fundamental e, de acordo com a habilitação que escolher - Matemática, Física ou Química para o ensino médio. Também é possível trabalhar em instituições de ensino superior, museus e centros de ciências.

 

Qual a probabilidade de um estatístico ficar desempregado?

Se você respondeu que tende a zero, pode ter certeza de que sua percepção estatística está aguçada. Nas empresas, na academia e no governo, esses profisionais são disputados. Afinal, em todos os setores, o emprego das metodologias estatísticas tem se tornado uma prática comum. Por isso, bancos, seguradoras, indústria de forma geral, governo e áreas como medicina e biologia já não sobrevivem sem um estatístico por perto.

Descubra como é o mundo dos estatísticos, o que eles fazem e por que recebem a segunda melhor remuneração média do Brasil (IPEA 2013).

 

Há mercado de trabalho para quem escolhe um curso da área de matemática? 

A quantidade de oportunidades que se abrem diante de quem se forma na área da matemática pode ser comparada ao tamanho do universo dos números: infinito. Mas na hora de prestar o vestibular, esse universo se oculta diante dos olhos de muitos estudantes que gostam de matemática. Os alunos que se formam atualmente no ICMC escolhem onde querem trabalhar, já que há muitas ofertas para os formados na área: além do mercado, um matemático pode atuar na indústria, em empresas de gestão, de logística e até de marketing.

 

Todo matemático é professor de matemática?

Esse é um mito muito comum. Lembre-se: nem todo matemático é, necessariamente, um professor de matemática. Seguir a carreira de professor é apenas uma opção entre muitas outras que existem à disposição de quem gosta de matemática. Na verdade, faltam matemáticos no mercado de trabalho: os bancos e as agências de consultoria financeira demandam muito mais profissionais do que as universidades conseguem formar.

 

É verdade que quem se forma em Matemática morre de fome?

Mais um mito que vive atormentando os vestibulandos que pensam em escolher a matemática: o medo de não conseguir garantir a própria sobrevivência no futuro. É possível que esse mito tenha se fortalecido juntamente com a disseminação da “síndrome do professor mal remunerado”. Mas existem sim boas condições de trabalho e formas de atingir os objetivos sendo um profissional bem formado, bem capacitado e comprometido com seu trabalho.

 

E se na hora de escolher o curso eu errar? Tem como mudar depois?

Antes de prestar o vestibular, a gente sempre fica se perguntando: será que vou gostar desse curso? A dica dos professores do ICMC é a seguinte: você só vai descobrir se tentar. Depois de entrar na USP, se você não gostar do curso, basta transferir para outro. Essa transferência não é complicada e costuma acontecer com bastante frequência no ICMC. Apenas um exemplo do quanto mudar de curso é comum na USP: aproximadamente 16% dos alunos que se formaram no bacharelado em Matemática, de 2009 a 2013, são estudantes provenientes de outros cursos.

Então, se você gosta de ciências exatas e, na hora de prestar o vestibular, escolher um curso que não atenda ao seu perfil, não se desespere. Aqui, você tem o direito de errar!

 

Eu preciso saber fazer contas para escolher matemática?

Entre os profissionais das ciências exatas, o matemático é um dos que menos precisa saber calcular. A matemática vista em aula na universidade é completamente diferente da matéria que se aprende no ensino médio e fundamental. O que interessa na universidade não é fazer contas, mas sim entender como as coisas funcionam e as relações entre essas coisas. É uma busca por uma compreensão mais qualitativa que quantitativa.

 

Confira no vídeo abaixo algumas das perguntas mais ouvidas nas Feiras de Profissões das quais o ICMC participa:

 

 

Veja também alguns depoimentos de alunos que passaram pelo ICMC:

Posso garantir que a formação dada pelo ICMC é bastante diferenciada e forma pessoas críticas, prontas para o mercado de trabalho.” Felipe Zanoni - desenvolvedor de softwares na Whirlpool, formado em engenharia de computação

A carreira é promissora e sempre há chances de crescer.” Gabriela Passos - Analista de inteligência Júnior no grupo abril, formada em estatística.

O curso me ofereceu uma formação multidisciplinar que o mercado atualmente está precisando.” Gabriel Dias Pais - analista de precificação e risco do banco bradesco, formado em Matemática aplicada e computação científica.

O ICMC contém diversas áreas de pesquisa e por esse motivo o curso está cheio de disciplinas de todas as áreas.” Bruno Adami - Engenheiro de Software do Google, formado em Ciências de Computação.

Ao longo da minha carreira, não vi ninguém ficar desempregado considerando as pessoas que se formaram comigo e as que conheci nas empresas em que trabalhei.” Guilherme Leite - líder de equipe na IBM, formado em sistemas de informação.

A computação já era minha paixão. Mas a matemática me abriu muito a mente, até para eu entender melhor o mundo.” Rafael Lima de Melo - Analista de riscos na Unicred do Brasil, formado Matemática Aplicada e Computação Científica.

Estudar no ICMC possibilita que a gente reúna uma caixa de ferramentas. Ao sairmos daqui, somos capazes de identificar ou desenvolver as ferramentas mais adequadas para resolver os problemas específicos que encontramos no dia a dia de trabalho.” Cibele Russo - Professora no Instituto de Ciências Matemáticas e Aplicadas (ICMC) da USP, em São Carlos, formada em Matemática Aplicada e Computação Científica.

O aluno USP tem esse diferencial: se você der um abacaxi no colo dele, ele consegue descascar no dente.” Camila Antunes - Analista no Itaú Unibanco, formada em Matemática Aplicada e Computação Científica.

No curso, a gente aprende a unir conhecimentos de diferentes áreas e nos tornamos multidisciplinares. É isso que o mercado procura e precisa.” Leandro Mattiolli - Assessor de unidade estratégica na Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais do Banco do Brasil, formado em Matemática Aplicada e Computação Científica.

Nunca tive dificuldade para arrumar emprego e já mudei cinco vezes de trabalho, sempre em busca de melhores oportunidades.” Alan de Sousa - Analista sênior de risco de mercado do Banco PAN, formado em Matemática Aplicada e Computação Científica.

 

 

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